Médico que se formou vendendo bombons dá dicas para o Enem
Jessé Soares driblou a falta de recursos e foi aprovado em 2 universidades.
Ele conta que disciplina e horas de sono na reta final fazem a diferença.
O médico Jessé Soares, que concluiu a graduação na Universidade do Estado do Pará (Uepa) em maio de 2015, enfrentou diversas dificuldades para garantir a sua vaga no ensino superior e continuar os estudos: com problemas financeiros, conseguiu se manter na universidade com a ajuda da venda de bombons em ônibus em Belém. Após vencer este desafio, o médico - que conseguiu sua primeira vaga na universidade através do Enem em 2008 - divide a experiência de superação com o G1 e dá dicas para os candidatos que irão enfrentar a maratona de provas nos próximos dias 24 e 25 de outubro.
Segundo Jessé, o estudante precisa planejar com antecedência um 'roteiro' da prova, com base nos seus pontos fortes. “O importante é sempre começar a resolver as questões que você considere mais fáceis, das disciplinas que você domina; isso te dá mais confiança. Eu, por exemplo, sempre corria para as de cálculo, física, matemática, química. Assim, o aluno ganha mais tempo que ele vai poder reservar para aquelas que irão exigir mais dele”, orienta.
Fórmula para o sucesso
Aprovado em medicina nas universidades Federal do Pará (UFPA) e Estadual do Pará (UEPA), aos 20 anos, o médico não duvida que encontrou a fórmula para o sucesso. Ele acredita que a disciplina e a organização ao longo do ano foram fundamentais para dar conta do extenso conteúdo programático e conter o nervosismo diante do novo desafio.
Fórmula para o sucesso
Aprovado em medicina nas universidades Federal do Pará (UFPA) e Estadual do Pará (UEPA), aos 20 anos, o médico não duvida que encontrou a fórmula para o sucesso. Ele acredita que a disciplina e a organização ao longo do ano foram fundamentais para dar conta do extenso conteúdo programático e conter o nervosismo diante do novo desafio.
“Muitos alunos resolvem intensificar os estudos já com as provas se aproximando. Mas comigo foi o contrário. Eu mantive esse ritmo mais puxado até julho, e claro, resolvendo as provas dos anos anteriores até mesmo para treinar o tempo que cada questão ia pedir. O Enem acaba exigindo não só o conhecimento, mas essa capacidade de administrar seu tempo para poder dar conta de todo o exame. Já no segundo semestre basicamente ia para as aulas do cursinho e resolvia os exercícios na aula mesmo, não levava mais trabalho para casa”, detalha.
Incentivo
Jessé ressalta que o êxito obtido contou com o indispensável apoio da família, que morava em Limoeiro do Ajuru, uma cidade com 25 mil habitantes no nordeste do Pará. Mesmo à distância, seus parentes seguiam incentivando o jovem a se manter firme nos estudos.
Jessé ressalta que o êxito obtido contou com o indispensável apoio da família, que morava em Limoeiro do Ajuru, uma cidade com 25 mil habitantes no nordeste do Pará. Mesmo à distância, seus parentes seguiam incentivando o jovem a se manter firme nos estudos.
“Sempre digo que os pais devem ter muita atenção ao cobrarem resultados. No meu caso, a maior cobrança para alcançar a aprovação, vinha de mim mesmo. Meus pais sempre acharam que eu era capaz, portanto, não ter que lidar com pressões da parte deles era algo positivo, e reforçava a minha confiança”, revela.
Momentos finais
Na reta final para o Enem, o médico chama a atenção para dois fatores que podem contribuir para o bom desempenho durante as provas e que muitos candidatos acabam ignorando em busca do melhor resultado.
“Na semana final para as provas, o melhor a fazer é garantir as horas de sono regular. O momento de fazer viradas já passou e muitos estudantes negligenciam o fato de que dormir é importante não só para que organismo se refaça, mas também porque ajuda a fixar o que você aprendeu durante o dia”, destaca.
Na reta final para o Enem, o médico chama a atenção para dois fatores que podem contribuir para o bom desempenho durante as provas e que muitos candidatos acabam ignorando em busca do melhor resultado.
“Na semana final para as provas, o melhor a fazer é garantir as horas de sono regular. O momento de fazer viradas já passou e muitos estudantes negligenciam o fato de que dormir é importante não só para que organismo se refaça, mas também porque ajuda a fixar o que você aprendeu durante o dia”, destaca.
Dia da prova
Para o momento do exame, Jessé afirma - como médico e aluno - que a alimentação pode fazer diferença durante o exame.
“É fundamental manter uma alimentação sem excessos. No dia da prova, o estudante deve levar água e uma porção de chocolate meio amargo, que além de garantir energia, considerando que o cérebro só consome glicose para se manter trabalhando, ainda libera serotonina, neurotransmissor responsável pelo bem-estar. Se quiser reforçar, pode levar ainda uma fruta, uma banana, por exemplo, rica em potássio, magnésio, fibras, triptofano e vitaminas, e dá saciedade”, orienta.
Superação
Mesmo com uma boa nota no Enem, o médico alerta que o estudante não pode perder o foco: conseguir uma vaga, entrar no curso dos sonhos e concluir a universidade são desafios diferentes, como prova a própria história de vida do recém-formado: para muitos estudantes, as maiores dificuldades passam apenas pelo universo das letras e números mas, na vida de Jessé, a complexa equação que levaria à aprovação no vestibular incluía ainda garantir a própria sobrevivência na capital paraense e lidar com recursos limitados para preparar-se para a disputa com milhares de candidatos.
Para o momento do exame, Jessé afirma - como médico e aluno - que a alimentação pode fazer diferença durante o exame.
“É fundamental manter uma alimentação sem excessos. No dia da prova, o estudante deve levar água e uma porção de chocolate meio amargo, que além de garantir energia, considerando que o cérebro só consome glicose para se manter trabalhando, ainda libera serotonina, neurotransmissor responsável pelo bem-estar. Se quiser reforçar, pode levar ainda uma fruta, uma banana, por exemplo, rica em potássio, magnésio, fibras, triptofano e vitaminas, e dá saciedade”, orienta.
Superação
Mesmo com uma boa nota no Enem, o médico alerta que o estudante não pode perder o foco: conseguir uma vaga, entrar no curso dos sonhos e concluir a universidade são desafios diferentes, como prova a própria história de vida do recém-formado: para muitos estudantes, as maiores dificuldades passam apenas pelo universo das letras e números mas, na vida de Jessé, a complexa equação que levaria à aprovação no vestibular incluía ainda garantir a própria sobrevivência na capital paraense e lidar com recursos limitados para preparar-se para a disputa com milhares de candidatos.
O resultado de tamanha persistência já daria os primeiros sinais em 2008, quando conferiu seu nome na lista dos aprovados nas duas maiores universidades públicas de Belém. E ao checar o desempenho no Enem, veio outra surpresa: com a pontuação obtida, percebeu que poderia alcançar uma meta mais ambiciosa, a de ser aprovado no curso de medicina.
“Pela manhã, eu cursava física na Uepa, à tarde ia para o cursinho e quando chegava em casa, já à noite, ia dormir logo para às 2h da madrugada acordar e levar direto o estudo até às 6h, quando me começava a me arrumar para sair de casa e seguir o restante do dia”, conta ao relembrar a rotina que cumpria quatro vezes durante a semana e que atravessava sábados e domingos, até a aprovação desejada.
“Pela manhã, eu cursava física na Uepa, à tarde ia para o cursinho e quando chegava em casa, já à noite, ia dormir logo para às 2h da madrugada acordar e levar direto o estudo até às 6h, quando me começava a me arrumar para sair de casa e seguir o restante do dia”, conta ao relembrar a rotina que cumpria quatro vezes durante a semana e que atravessava sábados e domingos, até a aprovação desejada.